domingo, 30 de maio de 2010
Mês de maio
domingo, 9 de maio de 2010
Semana em baixa
domingo, 25 de abril de 2010
Resumo Semanal + O que é POP
Nessa penúltima semana do mês de abril, o Ibovespa foi bastante volátil durantes os pregões, fechando a semana com uma variação positiva de 0,12%, entretanto, no mês acumula baixa de 1,22%.
Marcada por um feriado no “meio” da semana, tivemos uma semana bastante calma com relação a divulgação de dados econômicos. Da mesma forma, no mercado internacional, não tivemos nenhuma divulgação bastante importante. Assim, o destaque da semana continua com a Grécia que requisitou formalmente um pacote de ajuda financeira da União Européia e do Fundo Monetário Internacional (FMI), no entanto, isso não acalmou totalmente os mercados europeus, visto que o pacote não resolve a crise sistêmica do país além de deixar dúvidas como a possibilidade da Espanha querer algum tipo de pacote semelhante.
Como de costume, após fazermos um breve resumo da semana, discutimos algum assunto mais teórico. Hoje, vamos discutir o que é o POP, sigla para Proteção do Investimento com Participação.
Essa "ferramenta" é um produto de renda variável, negociado na BM&F Bovespa que tem o objetivo de proteger os investidores contra a desvalorização de um determinado papel, ou seja, é uma espécie de Hedge. A forma pela qual o investidores consegue se proteger é através da compra de derivativos.
A forma de proteção é a seguinte; ao investir num determinado papel, você define a quantidade do total investido que deseja proteger, caso a ação caía, você receberá uma parte do valor que perdeu (proteção), no entanto, caso a ação suba, você não ficará com todo o ganho.
domingo, 18 de abril de 2010
Resumo Semanal + O que é análise fundamentalista
domingo, 11 de abril de 2010
Resumo Semanal + O que é análise técnica
domingo, 4 de abril de 2010
O índice Bovespa
Em primeiro lugar, devemos saber o que é o índice, como ele é composto e como foi criado. O Ibovespa foi criado em 1968 e desde então é formado pelas 66 ações que possuem o maior volume negociado nos últimos 12 meses, sofrendo alterações a cada 4 meses. É importante destacarmos que cada ação possui um determinado peso dentro do índice, e esse peso está de acordo com o seu volume negociado.
Quando criado, o índice tinha o valor-base de 100 pontos, que significavam 100 unidades monetárias, capazes de comprar uma certa quantidade de cada ação, de acordo com o seu peso. Assim, por exemplo, caso as ações da Vale representassem 20% do índice Bovespa, utilizaríamos 20 unidades monetárias para comprarmos ações da Vale. Desde então, a carteira se aprecia ou deprecia sem receber nenhum outro aporte, recebendo apenas acréscimo exclusivo de proventos gerados pelas ações.
Abaixo segue um gráfico histórico que mostra a valorização do Ibovespa desde 2004, notamos no gráfico, que dentre as crises que já passamos, a sofrida em 2008 foi uma das mais violentas com relação ao Ibovespa, quando o índice caiu de pouco menos de 70.000 pontos para os 30.000 pontos, recuperando-se no decorrer de 2009.

Uma grande crítica que o mercado faz com relação ao índice Bovespa é que ele não representa de uma forma muito correta as ações da Bolsa de Valores, pois um pequeno número de Companhias tem um peso muito grande dentro do índice, assim, quando as ações de uma dessas companhias sofrem uma forte queda por algum problema pontual, por exemplo, elas puxam o índice para baixo, mesmo quando a maioria das ações da Bolsa de Valores estão positivas.
Dentre as ações que possuem um maior peso no índice Bovespa, podemos destacar as ações da Vale que juntas (ON e PN) representam cerca de 9,1% do índice, as ações da Petrobrás (ON e PN) também tem um forte peso no índice, representando 11,1%. Outro destaque do Ibovespa são as ações da BM&F Bovespa que representam 9,4%.
Devido ao modo como as ações são selecionadas para compor o índice, outro assunto que é interessante analisarmos é a distribuição dos diversos setores do mercado no índice Bovespa. Abaixo temos um gráfico que mostra a porcentagem de cada setor dentro do Ibovespa, se olharmos com atenção, perceberemos que alguns setores como por exemplo o de Bancos e Serviços Financeiros tem um peso muito forte dentro do índice, enquanto outros, como por exemplo Açúcar e Álcool tem um peso bem menor. Isso também é uma razão de como o índice é calculado, selecionando as ações que possuem um maior volume de negociações nos últimos 12 meses.
Por último, acredito ser interessante mostrarmos (já tivemos um tópico sobre isso aqui no blog) uma correlação existente entre o Ibovespa e a variação do preço do dólar. No gráfico abaixo temos o preço do dólar e a variação do índice Bovespa desde o início do ano de 2008, notamos que ambos os dados possuem uma correlação inversamente proporcional. Ou seja, quando o índice Bovespa sofre uma queda, o preço do dólar aumenta e quando o índice Bovespa se valoriza, há uma desvalorização do preço do dólar.
Obs.: todos os gráficos foram feitos com dados retirados do economatica.
segunda-feira, 22 de março de 2010
3a Semana de Março
domingo, 14 de março de 2010
Divulgação de dados importante na semana que passou e na próxima
Entraremos na segunda quinzena de março com o mercado bastante positivo. No mês, o índice Ibovespa teve uma valorização de 4,27%, alcançando os 69.341 pontos.
A semana dos dias 8 a 12 de março foi bastante movimentada tanto no mercado interno, quando no mercado externo. A começar pelo mercado interno, o grande destaque foi a divulgação do PIB brasileiro do quarto trimestre e, consequentemente, do ano de 2009. O PIB do quarto trimestre de 2009 apresentou um crescimento de 2,0% em comparação com o terceiro trimestre de 2009. Quando comparamos com o quarto trimestre de 2008, o crescimento é ainda maior, 4,3%. No entanto, o PIB de 2009 apresentou uma retração de 0,2% com relação ao PIB de 2008.
De acordo com o IBGE, o grande responsável pela queda no PIB foram os investimentos, que apresentaram uma redução de 9,9% no ano de 2009. Essa redução dos investimentos foi influenciada pela falta de confiança no mercado, principalmente no início do ano.
Entretanto, mesmo apresentando uma redução de 0,2% no PIB, não acredito que isso seja tão negativo, uma vez que o ano de 2009 foi bastante conturbado devido a crise mundial e essa redução já estava dentro das expectativas do mercado. Além disso, devemos destacar que o PIB brasileiro saiu-se melhor do que grande parte das economias mundiais e que o crescimento de 2,0% com relação ao terceiro trimestre de 2009 mostra que a economia brasileira já está num processo de recuperação, o qual deveremos continuar observando no decorrer de 2010.
Outro dado interno bastante importante que foi divulgado essa semana foi as vendas do varejo do mês de janeiro que vieram muito forte, apresentando um crescimento da receita de 12,3% ao compararmos com o mesmo mês de 2009 e de 3% quando comparamos com o mês de janeiro de 2010. Um dos motivos para que esses números tenham sido bastante positivos foi o fim da redução do IPI que fez com que diversas lojas fizessem promoções a fim de aproveitar essa última chance de vender produtos sem IPI. O resultado positivo das vendas no varejo nos mostra que a economia brasileira continua crescendo e que deverá manter esse crescimento no decorrer do ano de 2010.
Externamente, tivemos alguns avanços positivos com relação à Grécia, por mais que o país continue sofrendo com as greves e com o seu déficit, o mercado já começa a acreditar que a Grécia conseguirá sair do ponto em que se encontra hoje, claro que ainda nesse ano ela não deverá apresentar bons indicadores, no entanto, se ela conseguir organizar suas contas públicas, no médio / longo – prazo, estará numa situação muito mais confortável.
Na sexta-feira foram divulgados os dados de confiança do consumidor norte-americano, e esse não foi tão positivo, caindo de 73,6 para 72,5, enquanto que a previsão dos analistas era que se mantivesse praticamente estável, 73,8. Mesmo sendo uma variação muito pequena, isso não foi visto com bons olhos pelo mercado o que fez com que a valorização da Bolsa de Valores que vimos durante toda a semana perdesse um pouco de força.
Para a próxima semana, devemos prestar bastante atenção na reunião do Copom que ocorrerá na quarta-feira (17/03), nela será anunciada a taxa de juros. Também teremos a divulgação do número de empregos criados (CAGED). Nos EUA também teremos a decisão da taxa de juros (reunião do FOMC) que ocorre na terça-feira (16/03). Por fim, na Europa, teremos a divulgação dos dados de empregos da Zona do Euro e a divulgação da pesquisa de sentimento econômico da Zona do Euro (ZEW).
domingo, 7 de março de 2010
Início positivo
Começamos o mês de março de uma forma um tanto quanto positiva no mercado financeiro. O Ibovespa não teve uma “super-valorização” como grande parte do mercado espera que sempre tenha, mas subiu 3,52% na semana.
Começando pelo mercado externo, podemos destacar algumas medidas de austeridade fiscal aprovadas pela Grécia que foram bem vistas pelo mercado externo, tendo em vista que devem gerar uma economia de aproximadamente 4,8 bilhões de Euros, o que equivale a quase 2,0% do PIB. Entretanto, mesmo com essas medidas, alguns países da União Européia, como a Alemanha, mostram-se bastante céticos com o futuro grego e, para piorar, a onde de greves e manifestações do povo grego continuam, o que mostra o forte descontentamento da população.
Podemos destacar também a divulgação dos dados de emprego dos EUA (payroll), divulgados na sexta-feira. Nele consta que a economia norte-americana, em fevereiro, fechou 36.000 postos de emprego, contra uma expectativa do mercado que fechasse 50.000 empregos. Com isso, a taxa de desemprego norte-americano manteve-se estável em 9,7%, o que é bastante positivo.
No mercado interno, continuamos no período de divulgação de resultados do último trimestre de 2009 das companhias que possuem capital aberto. No geral, as empresas têm apresentado resultados positivos, em linha com a expectativa do mercado, o que nos leva a conclusão que o ano de 2010 deve ser bastante positivo para o mercado brasileiro.
Essa semana, tivemos a divulgação dos dados do setor automobilístico pela Anfavea (Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores). De acordo com a Anfavea as vendas de veículos cresceram 3,6% em janeiro, atingindo 221 mil unidades, sendo 87,2% do tipo flex. Também foi divulgado que as exportações do setor automobilístico tiveram uma alta de 12,4% ante janeiro de 2010 e 42,6% contra fevereiro de 2009, alcançando US$ 803,1 milhões. O que mostra a recuperação que o setor já teve após a crise.
Por último, acho interessante destacarmos o preço de fechamento do dólar dessa semana que reduziu 1,27%, fechando em R$ 1,786 (venda). Como já foi discutido aqui no blog em posts anteriores, o Ibovespa e o dólar possuem uma correlação negativa e, novamente, conseguimos observar isso.
Para essa próxima semana, devemos continuar atentos à divulgação de resultados das companhias brasileiras (a “temporada” termina no dia 31/03). Também devemos prestar atenção para a divulgação do PIB brasileiro do quarto trimestre, dado mais importante. Nessa mesma semana, também teremos a divulgação das vendas do varejo. Já nos EUA, o dado mais importante a ser divulgado são referentes às vendas do varejo de fevereiro.
domingo, 28 de fevereiro de 2010
Semana "de lado"; mês positivo
No mercado interno, um dos acontecimentos mais importantes da semana foi a alteração do Banco Central no compulsório, criando novas medidas que entrarão em vigor a partir de 22 de março de 2010. Como resultado dessa alteração no compulsório veremos uma redução da liquidez do sistema financeiro, principalmente dos bancos de menor porte, visto que a alíquota de recolhimento voltou a ser de 15% e não mais de 13,5%, como era desde o início da crise mundial. No entanto, essa decisão não afetou tanto o mercado pois os bancos já haviam re-estabelecido sua liquidez, por esse motivo, essa medida já era um tanto quanto esperada pelo mercado.
Além desse anúncio do Banco Central, a semana brasileira foi bastante tranqüila, exceto pela “avalanche” de empresas que divulgaram os seus resultados, evento que deve continuar ocorrendo até o final do mês de março.
Já no mercado internacional a semana foi bem mais agitada, a começar pela mesma discussão sobre o futuro de alguns países europeus que se encontram altamente endividados, em especial a Grécia. Nessa semana, o mercado deu sinais que as agências de rating poderiam rebaixar o rating da dívida da Grécia, além disso, uma grande greve de trabalhadores ocorreu na quarta-feira, em protesto aos gastos do governo. Além disso, declarações dos inspetores da União Européia sobre a enorme dificuldade que a Grécia terá para cumprir a meta fiscal e do premiê grego que os piores temores sobre a economia grega foram confirmados fizeram com que o mercado externo (principalmente o europeu) fossem penalizados durante a semana.
Acredito ser interessante fazermos uma breve discussão sobre o que está acontecendo com a Grécia e como, na minha opinião, o mercado entende e tem agido com relação a isso. Em termos de participação no mundo, a economia grega não é tão importante, representando uma porcentagem muito pequena tanto em termos mundiais quanto em termos europeus. No entanto, todas as economias mundiais (principalmente a Europa), está atenta com o desenrolar dos acontecimentos pois “querendo ou não” a Grécia faz parte da zona do Euro e uma quebra do país, que tem o Euro como moeda, afetará toda a economia do Euro. Além disso, há algumas regras na zona do Euro que quando, por exemplo, um país tem um forte índice de endividamento ele deve sair da zona do Euro, o que faria com que a Grécia ficasse ainda mais quebrada. Assim, na minha opinião, o maior medo do mercado mundial é que a Europa não tenha força suficiente para ajudar a Grécia e que a crise grega se espalhe para outros países fracos como Portugal, Espanha e Itália(que já é uma economia maior)...
Para essa primeira semana de março, dentre os dados que serão divulgados, o maior destaque será a divulgação dos dados de emprego nos Estados Unidos (payroll) que acontecerá na sexta-feira. No Brasil, devemos destacar a quinta-feira, quando serão divulgados os dados da Anfavea de produção e venda de veículos.
domingo, 21 de fevereiro de 2010
Semana de recuperação
Após o feriado de Carnaval, tivemos uma semana pequena e rápida para o mercado de ações, no entanto, com uma razoável recuperação. O índice Bovespa teve uma valorização de 2,65% na semana.
Podemos dizer que, essa semana, para o mercado brasileiro, foi morna tanto com relação à divulgação de dados quanto com relação à divulgação de resultados das Companhias. O principal dado divulgado na semana foi o do Caged, sobre o número de empregos criados no mês de janeiro, algo que surpreendeu positivamente o mercado. No mês de janeiro foram criados pouco mais de 181 mil empregos, 40 mil empregos a mais do que o previsto pelo ministro do trabalho Carlos Lupi. Ainda discutindo os dados do Caged, no mês de janeiro, tivemos 1.410.462 pessoas admitidas (empregos formais), enquanto que foram demitidas 1.229.043 pessoas.
Esse aumento no número de empregos é bastante positivo pois o mercado não acredita que teremos alguma recessão na economia brasileira num futuro próximo, assim, possivelmente, nos próximos meses o número de novos trabalhadores deve continuar aumentado.
Já no mercado externo, o mercado continua apreensivo com relação aos países europeus: Grécia, Portugal e Espanha (já discutido em posts anteriores), entretanto, nas últimas conversas, a Zona do Euro passou a dar sinais de que deverá ajudar esses países a saírem do endividamento, visando a “harmonia” da economia européia. Isso soou como algo positivo, pois mostra que os outros governos estão preocupados e interessados na resolução desses problemas.
Outro assunto bastante importante no mercado internacional foi o inesperado anúncio do FED do aumento de 0,25% na taxa de redesconto e redução do prazo máximo de vencimento dos empréstimos de 28 dias para o overnight (1 dia). Isso mostra que o governo norte-americano está começando a desmontar o esquema criado para recuperar o sistema financeiro após a crise mundial. Mesmo assim, o FED afirmou que ainda manterá a taxa de juros entre 0% e 0,25%, como vem mantendo desde o início da crise.
Entretanto, esse aumento na taxa de redesconto faz com que o mercado fique mais atento com relação às ações do FED e passe a temer que o fim das baixas taxas de juros seja mais rápido que o esperado.
domingo, 7 de fevereiro de 2010
Entendendo a queda da Bolsa
A primeira semana do mês de fevereiro definitivamente não começou de forma positiva para o mercado mundial. Em razão de vários fatores (que discutiremos hoje aqui) todas as bolsas mundiais apresentaram uma forte queda. A bolsa brasileira teve uma redução de 4,4%, no ano a queda já chega a 8,5%.
Foram divulgados nessa semana alguns dados (brasileiros e estrangeiros) de grande importância. Começando pelos dados brasileiros, no começo da semana foi divulgado a Ata da Reunião do Copom. Nessa ata, o Comitê de Política Monetária afirmou que está atento com a taxa de inflação, deixando entender que deverá dar continuidade no processo para elevar a taxa de juros nos próximos trimestres. Já na sexta-feira, o IBGE divulgou o IPCA de janeiro, uma alta de 0,75% dos preços. Com esse valor, a variação acumulada para os últimos 12 meses é de 4,59%, já a variação dos últimos 3 meses está em 6,29%. O IPCA de janeiro veio mais forte do que o esperado pelo mercado e faz com que acreditemos ainda mais na possibilidade de que haja um aumento na taxa de juros.
No mercado externo a semana também foi bastante agitada, não só pela divulgação de diversos dados econômicos importantes, mas também pelo temor que a dívida de alguns países vem causando no mercado. Dentre todos os dados divulgados no mercado internacional nessa semana, sem dúvida alguma, o mais importante foi o relacionado ao mercado de trabalho norte-americano (payroll), divulgado na sexta-feira. A expectativa do mercado era que a taxa de desemprego se mantivesse estável em 10%, no entanto, essa veio um pouco abaixo do esperado, 9,7%, o que mostrou que o mercado de trabalho dos EUA vem se recuperando lentamente. Entretanto, isso não foi o suficiente para deixar o mercado animado.
O que mais influenciou o andamento do mercado nessa semana foram as dúvidas com relação a estabilidade da zona do Euro, uma vez que países como Grécia, Portugal e Espanha estão apresentando um elevado endividamento. O grande medo do mercado é que o plano criado para redução do déficit orçamentário da Grécia não seja eficiente e que países como Portugal e Espanha, que já estão fortemente endividados, também precisem de uma ajuda mais robusta.
Por fim, outro fator responsável pela redução de valor das Companhias abertas, ou seja uma redução de todas as bolsas, é o fraco resultado que muitas empresas estão apresentando. Como já havíamos falado, estamos em época de divulgação dos resultados do quarto trimestre de 2009 e, consequentemente, do ano de 2009. Muitas empresas não estão apresentando resultados tão bons quanto o esperado pelo mercado e isso contribui muito para que o mercado não fique tão otimista com o futuro e passe a vender mais as ações do que comprá-las.
Para essa segunda semana de fevereiro, não teremos a divulgação de muitos dados, nos Estados Unidos, o destaque é para os números das Vendas do varejo. Já na Europa, o destaque é para a divulgação do PIB do quarto trimestre para os países da Zona do Euro.
ps.: em virtude do feriado de Carnaval, o blog não será atualizado no próximo domingo. Bom feriado!
domingo, 31 de janeiro de 2010
Mal começo de ano para a Bolsa
Esses dois fatores contribuíram muito para que as bolsas de todo o mundo sofressem quedas consecutivas. No entanto, nessa semana que passou, tivemos manutenção de dois dados que deixaram o mercado se não um pouco mais otimista, pelo menos mais calmo. O primeiro deles, e mais importante para o mundo, foi a manutenção da taxa de juros norte-americana entre 0,0% e 0,25% a.a., o que já vem sendo feito desde o início da crise. Isso, ao menos mantém o mercado um pouco mais motivado a investir e consumir.
Outro dado importante, principalmente para nós, foi a manutenção da taxa de juros brasileira (Selic) em 8,75% a.a., fazendo também, principalmente o mercado interno, fique mais tranqüilo e mantenha os investimentos previstos, ou seja, estimulando o mercado interno, que foi o que fez o Brasil se recuperar da crise rapidamente.
Dessa forma, acredito que o mercado pode apresentar uma certa recuperação nesse mês de fevereiro, principalmente se os números divulgados no decorrer da semana forem positivos.
Para essa semana, devemos ficar atentos para a divulgação de alguns dados. No Brasil, o destaque é para a ata do Copom, pois essa nos mostra como o Comitê de Políticas Monetárias está avaliando a economia atual e qual será a direção que o mesmo deverá tomar no decorrer do ano. Outro dado importante a ser divulgado no Brasil, nessa semana, é a carta da Anfavea, que mostra o número de automóveis emplacados no mês de janeiro. Devemos também prestar atenção nos números da Balança Comercial brasileira de janeiro, divulgados no primeiro dia útil do mês.
No mercado internacional, o destaque é para a divulgação do payroll, índice de desemprego norte-americano. A expectativa do mercado é que esse número apresente um aumento no número de empregos, o que nos mostra uma recuperação da economia.
Por último, na semana passada começamos nossa “temporada” de divulgação de resultados, assim, como já falamos em posts anteriores, sugiro ficarmos atentos com as datas de divulgação de resultados das empresas, pois nesses momentos surgem possibilidades de obtermos um bom lucro no curto prazo, ou pelo menos, evitarmos perdas desnecessárias.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Semana turbulenta
Com relação à China, desde o começo da semana, o governo está anunciando e tomando algumas medidas para conter o crescimento exagerado do país. Dentre essas medidas, a mais importante é a de fazer um aperto monetário, aumentando o custo de empréstimo no mercado interbancário, elevando o juro.
Essa medida faz com que todos os países fiquem atentos e mais apreensível, pois, hoje, o maior consumidor de diversas commodities é a China. Com essas medidas para conter o crescimento, a China passará a importar menos produtos, fazendo com que todos os países que exportam minério de ferro, petróleo, celulose entre outros, passem a vender menos. Assim, as empresas que foram mais “castigadas” pelo mercado foram de companhias que exportam, por exemplo, minério de ferro, como a Rio Tinto e a Vale.
O outro anúncio que balançou bastante o mercado financeiro mundial foi uma proposta do presidente norte-americano Barack Obama de regularização no setor bancário. Obama sugere uma separação entre os bancos comerciais e bancos de investimentos, não permitindo que bancos comerciais, por exemplo, apliquem seu próprio dinheiro no mercado de capitais. Essas medidas afetariam fortemente os lucros dos grandes bancos norte-americanos. E isso influenciou bastante para que as bolsas mundiais operassem em baixa essa semana.
domingo, 17 de janeiro de 2010
Razões para a queda do Ibovespa
Ao contrário de produtos como a soja, o milho e o petróleo, que têm os preços definidos em Bolsa, o minério de ferro tem o seu preço definido em contratos feitos pelo comprador e pelo vendedor, por isso, há essa expectativa de que o preço do minério sofra uma apreciação. Até o final do ano passado, acreditava-se que o aumento seria de aproximadamente 15% a 20%, no entanto, no começo desse ano, passou-se a acreditar que esse aumento poderia chegar a 50% e, com isso, as ações da Vale passaram a ter uma constante valorização.
Mudando um pouco de assunto, acho interessante tentarmos entender o porquê do mercado estar sofrendo essa desvalorização no começo do ano. Dentre as diversas explicações dos analistas, a que eu acredito ser uma das mais corretas é que o mercado está com “medo” de que os governos retirem os incentivos criados para evitar que a crise fosse maior.
Entendo melhor: com o início da crise em 2008, para evitar que as economias mundiais sofressem tanto, os governos criaram diversos modos de incentivarem a economia como os que foram vistos aqui no Brasil: redução da taxa de juros; redução do IPI na compra de automóveis e de produtos da linha branca.
Entretanto, com a boa recuperação que nós tivemos no ano passado, os Bancos Centrais dão indícios de que irão retirar esses incentivos. Com isso, o mercado fica apreensivo de que possa haver uma retração do mercado, reduzindo, por exemplo, o consumo. Dessa forma, o mercado como um todo fica apreensivo e as ações sofrem essas quedas.
domingo, 10 de janeiro de 2010
Primeira semana de 2010
O início da semana foi bastante positivo, com o Ibovespa avançando bastante, no entanto, do meio para o final da semana, principalmente na sexta-feira, com a divulgação do dado de desemprego dos Estados Unidos que, ao contrário da expectativa do mercado, apresentou um avanço no número de desempregados, a Bolsa de Valores perdeu um pouco de sua força, mas nada que deixe o mercado muito apavorado.
Um dos grandes destaques dessa semana foram as ações da BM&F Bovespa, que chegaram a subir mais de 6,5% durante a semana e fecharam na sexta feira (08/01) com uma valorização de 4,17%, sofrendo uma realização de lucros na sexta feira. Por outro lado, como destaque negativo tivemos as ações da Cosan que tiveram uma queda de pouco mais de 5,3% na quinta feira, após o anúncio do Ministério do Trabalho de tê-la incluído na lista de empresas que empregam trabalhadores em más condições, próximo à escravidão. Na própria sexta feira a Companhia soltou um comunicado afirmando que não era responsável pelo contrato dos trabalhadores e o Ministério do Trabalho informou que irá conversar com a Cosan para entender o que aconteceu e que possivelmente pode ter havido um excesso ao incluírem a Companhia na lista. O grande problema da empresa passar a fazer parte dessa lista é que ela perde o direito de obter recursos do BNDES, tornando assim, mais caro realizar investimentos.
Para essa segunda semana de janeiro, a expectativa é bastante positiva para o mercado de ações brasileiro, nessa primeira semana tivemos uma grande entrada de capital estrangeiro e, acredito, que continuaremos tendo essa entrada de dinheiro estrangeiro, o que estimula um avanço da Bolsa de Valores.
Com relação aos dados que devemos ficar atentos nessa semana, o principal deles é o das vendas do varejo que devem vir bastante positivos devido ao período do Natal e ao maior poder de compra da população brasileira. No mercado norte-americano, também devemos ficar atentos com a divulgação das vendas do varejo (também terão influência do Natal) e para os dados da produção industrial de dezembro.