Essa semana a Bolsa de Valores de São Paulo fechou com baixa de 2,79%, a maior desvalorização desde a primeira semana de fevereiro. Sendo a sexta-feira um dia bastante agitado e negativo, com o anúncio da SEC de que está movendo uma ação contra o Goldman Sachs, acusando-o de lucrar vendendo aos clientes títulos contra os quais o próprio banco apostava. Com isso o mercado ficou bastante apreensivo e fez uma grande realização de lucros que fez com que praticamente todas as bolsas mundiais caíssem.
No mercado interno, o grande destaque foi para a divulgação dos números do Caged de mercado de trabalho. O mês de março de 2010 foi um recorde, sendo o melhor mês de março desde o começo da série, em 1992. No total foram criados 266.415 empregos, no acumulado dos 3 primeiros meses do ano, foram criados 657.259 postos de trabalho, sendo também o maior número da série histórica, um aumento de 19% com relação ao antigo recorde (primeiro trimestre de 2010). Mudando de assunto, na semana passada falamos sobre análise técnica, hoje, falaremos sobre análise fundamentalista.
Análise Fundamentalista é aquela que analisa a situação financeira, econômica, mercadológica e as expectativas futuras da Companhia. Esse tipo de análise tem o objetivo de entender realmente o mercado da Companhia e com essa está se saindo, desde quem são os gestores à frente da Companhia até quem são os seus credores, para então conseguir definir o preço-alvo da Companhia para um determinado período e, então, chegar à conclusão se vale ou não a pena investir numa determinada empresa.
Para auxiliar na análise de uma Companhia e na comparação com as suas concorrentes, a grande maioria dos analistas faz uso de múltiplos financeiros, na tabela abaixo temos alguns desses múltiplos:
Agora que já sabemos, ao menos um pouco, como são as duas principais formas de analisarmos uma empresa, podemos diferenciá-las melhor. No texto da semana passada está escrito que esses dois modos de analisar uma empresa não são complementares, na minha opinião devemos entender que esses dois modos não se complementam pois a dinâmica de raciocínio de ambos é muito diferente. Enquanto a análise fundamentalista está atenta para tudo aquilo que aconteceu, acontece e pode acontecer dentro da Companhia, a análise técnica não se interessa sequer pelo nome da Companhia, prestando atenção apenas no que o gráfico está “dizendo” e, caso esse diga que a ações da empresa XPTO devam ser compradas, mesmo que as expectativas para essa empresa ou setor não sejam positivas, o grafista irá comprar essas ações. Já uma pessoa fundamentalista, comprará ações apenas daquelas empresas que os fundamentos e as projeções futuras mostrem que essas ações se valorizarão no futuro.
Por último, entendo que podemos fazer uma pequena, mas forte, diferenciação entre os dois tipos de investidores: o investidor fundamentalista é aquele que está buscando rendimentos no longo prazo, já os investidores que se baseiam em conceitos técnicos, tem como objetivo obter lucros no prazo menor (curto prazo) e consequentemente, compram e vendem mais ações num período menor.
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